Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados; e andai em amor, como também Cristo nos amou e se entregou a si mesmo por nós, como oferta e sacrifício a Deus, em aroma suave. Mas a impudicícia e toda sorte de impurezas ou cobiça nem sequer se nomeiem entre vós, como convém a santos (Ef 5.1-3).
Passaremos a considerar algumas coisas que aconteceram entre os apóstolos antes do Espírito Santo ser derramado sobre eles. Sim, eles tinha uma certa medida do Espírito, mas o Espírito ainda não havia sido derramado abundantemente. Estava com eles, mas não neles. “Porque ele habita em vós e estará em vós”. Tinham o Espírito, mas este não os possuía. Eles usavam a Deus, mas, depois da vinda do Espírito Santo era Deus que os usava. Quais os sinais de que a transição ainda não fora feita?
Primeiro, os discípulos estavam lutando entre eles por posições de autoridade e poder. Levantou-se uma discussão entre eles para saber quem era o maior. O ego deles estava exaltado e não quebrantado. Buscavam em primeiro lugar seu reino pessoal para poder governar sobre os demais, e não buscavam o reino de Deus, em que Deus governaria sobre eles. Buscavam seu próprio bem-estar e não os interesses do Reino. Moralmente eram um fracasso.
Segundo, ficaram ressentidos contra os que não os receberam num vilarejo de Sanaria, e perguntaram a Jesus se poderiam descer fogo do céu sobre a vila inteira, como fizera Elias. Misturaram religiosidade com seus próprios ressentimentos – “dos céus”, como “fez Elias”, citando este precedente histórico. Por baixo da capa espiritual, pode-se ver que era o ressentimento que os motivava.
Terceiro, havia entre eles orgulho de auto-justificação. “Ainda que eles te abandonem, eu nunca te abandonarei”, disse Pedro, para mostrar que ele era diferente dos demais – superior e orgulhoso de sua justiça pessoal. A humildade santa do Espírito Santo não havia tomado conta deles.
Quarto. Foram espiritualmente impotentes diante da tarefa de expulsar os maus espíritos que dominavam um menino. Não puderam expulsar os demônios. O menino, pelo menos era possuído pelos demônios, mas os discípulos sequer eram possuídos por Deus. Não tinham poder suficiente para enfrentar uma oposição de fora – o que estava fora era maior do que o que estava dentro deles.
Quinto. Ficaram trancados a porta fechadas com medo dos judeus, e isto depois da ressurreição, que era grandiosa, mas não o suficiente para tirá-los das quatro paredes onde se esconderam. Estavam intelectualmente convencidos, mas emocionalmente presos pelo medo – medo profundo.
Por isso, o ego a flor da pele, os ressentimentos, o orgulho pessoal, a impotência espiritual e o medo são indicativos de que não estavam cheios do Espírito.
Oração: Pai, ajuda-me para que eu não incorra em pecados que me afastem da liberdade que eu tenho em ti. Amém.
Afirmativa: Estou abrindo as portas que me mantinham prisioneiro do medo, e estou saindo para fora pelo poder do Espírito Santo.