Avivamentos espirituais vêm ocorrendo ao longo da existência da igreja nesses dois mil anos, desde o primeiro e grande derramamento do Espírito Santo no dia de Pentecostes sobre os 120 discípulos que oravam no cenáculo, até a mais recente reunião de oração realizada em alguma igreja ontem, em alguma parte do Brasil e do mundo.
O Espírito Santo, conforme prometido por Jesus aos seus discípulos, nos capítulos 14,15 e 16 de João veio para permanecer entre nós. O Espírito Santo não voltou para o céu; continua ativo na igreja ao redor do mundo, buscando pessoas de corações sinceros, arrependidas de seus pecados e ávidas por uma maior comunhão com Jesus e com o Pai.
E conforme a declaração de Pedro em sua pregação no dia de Pentecostes: “Porque a promessa é para vocês e para seus filhos, e para todos os que ainda estão longe, isto é, para todos aqueles que o Senhor, nosso Deus, chamar” (At 3.39). Este texto, aliás é o mais forte argumento do Espírito Santo sobre os teólogos que pregam que os dons, as curas, os milagres e manifestações de poder cessaram com o desaparecimento dos primeiros apóstolos.
Sempre que a igreja começa a depender de homens vazios e fracos de poder entra em declínio espiritual, ainda que tenha a melhor das programações, que se adapte à pós-modernidade, que tenha cultos dinâmicos, coreográficos, coloridos e com um bom programa, um dia tudo cessará e, como o povo de Israel ficará apenas com a liturgia sem a Presença do Espírito. E, em cada geração nascerá profeticamente um filho que se chamará Icabode: Foi-se a presença de Deus! E, assim Deus marca aquela geração, até que se levante um Renovo, um Davi que restaure a Presença, a Arca do Senhor, no meio da igreja. Não falo aqui de arca no sentido natural, mas da Presença divina e transcendental na igreja.
E, tem sido assim. Deus toma uma pessoa, a capacita e como uma trombeta ou um vento e renova a igreja com seu Espírito. Foi assim desde tempos remotos. Os que aceitam o avivamento, prosperarão; os que o rejeitam se aprofundarão em litígios, divisões e mágoas. Como estudioso da história da Igreja posso afirmar que em todas as épocas homens e mulheres se deixaram usar pelo Espírito para fazer diferença naqueles dias.
O Espírito Santo nunca, mas, nunca deixou de insistir que o povo de Jesus Cristo seja avivado, porque o avivamento produz:
- Ardor pela evangelização. Quando os membros de uma igreja local não mais evangelizam é sintoma de ausência do poder do Espírito. Uma igreja cheia de poder é evangelizadora. Seus membros levam pessoas a Cristo, ao arrependimento de seus pecados e a uma transformação de vida.
- Libertação, curas e milagres. Uma igreja cheia de poder sempre haverá de depender, primeiramente da ação do Espírito Santo para libertar as pessoas do jugo do diabo, curar suas enfermidades e apresentar a elas situações em que experimentem milagres na vida espiritual, familiar, econômica e física.
- Estilo de vida ético, moral e essencialmente nos moldes de Jesus Cristo. Uma igreja verdadeiramente em avivamento possui membros que não se corrompem com o sistema do mundo; que têm negócios claros; que não enganam nem ao governo nem as pessoas. O Espírito corrige os desvios de uma pessoa e as coloca no caminho da integridade.
- Desprendimento das coisas materiais. Os membros de uma igreja avivada optam por conviver com os demais irmãos da congregação, em reunir-se, em adorar junto com os demais irmãos, e já não mais se satisfazem em ter casas na serra, na praia e no campo – alguns têm casas nesses três locais – onde cada fim de semana veem seus recursos serem exauridos em futilidades. Não que essas coisas não sejam boas, e o são, mas os assuntos do Reino de Deus passam a ter prioridade em suas vidas. Membros de igrejas avivadas decidem usar os recursos que Deus lhes deu a favor dos necessitados, dos desvalidos e da obra evangelizadora. Sabem que Deus sempre aumentará sua graça sobre eles.
- Um ardor pela oração, leitura e estudo das sagradas escrituras. Sim, é possível ver que uma igreja é avivada quando seus membros oram, seja em casa ou em grupos; leem e estudam a Bíblia Sagrada. São “fominhas” pelas coisas de Deus. São pessoas incansáveis e sempre abundantes na obra do Senhor.
A partir desses cinco pontos é possível desmembrar em outros tantos e escrever até mesmo um livro, tudo para mostrar o que acontece quando uma igreja está em plena sintonia com o Espírito Santo.
Nossa oração é que Deus levante em sua cidade e em seu estado um homem que esteja disposto a se deixar usar por ele, que, como voz profética toque a trombeta e chame a igreja ao arrependimento, à prática de boas obras; a uma vida de santificação e de completa submissão ao Espírito Santo. E seja este homem ou mulher exemplo de integridade em tudo!