Desculpem pelo atraso. Queria publicar este texto no dia 8 de março, data comemorativa das mulheres, mas as conferências – para mulheres – tomaram todo o meu tempo
. Fui inspirado por um breve texto de Julio Severo.
No dia 8 de março, cedinho fui à CEASA da cidade e comprei caixas e caixas de vasos de flores para presentear as mulheres do meu grupo da terceira idade e à minha esposa, com um vaso de flores especial. E, enquanto me preparava para falar ao grupo foi que veio a inspiração deste artigo: A serpente e o dia internacional da mulher.
A serpente e a mulher são inimigas desde o Éden, porque lá no começo a serpente tratou de devorar a mulher e os filhos que ela haveria de ter. Enganou-a. “E Adão não foi iludido, mas a mulher, sendo enganada, caiu em transgressão” (1 Tm 2.13). Enganada pela serpente que lhe propôs conhecimento e liberdade de escolha a mulher ouviu do Criador a promessa de que a descendência da mulher esmagaria a cabeça da serpente (Gn 3.15). A promessa de que Eva geraria um filho deixou a serpente enfurecida, por isso nas Escrituras aparece às vezes como o dragão, a antiga serpente (Ap 20.2).
Desde o Éden a serpente vem tentando matar os descendentes da mulher.
No texto profético de Apocalipse 12 João vê “uma mulher”, que sofria muito para dar à luz, e o dragão se deteve diante dela “a fim de lhe devorar o filho quando nascesse”. Não quero trazer aqui as diferentes interpretações sobre quem é esta mulher, se Israel ou a Igreja, mas mostrar que a serpente continua querendo tragar os filhos que as mulheres geram. Impossibilitado de matar a criança que a mulher dera à luz, o dragão se irou contra ela e a perseguiu. Deus a amparou e a escondeu no deserto (Ap 12.13-17).
Quando a serpente não consegue seu intento de matar os filhos, persegue a mulher!
Ao longo da história a serpente vem tentando matar os filhos que nascem. Quando não consegue, ataca a mulher e os filhos de várias maneiras, seja através da imposição cultural, como no médio oriente, em que as mulheres são escravas sexuais e vivem a serviço da sogra; em que as meninas são proibidas de frequentar a escola ou através da pobreza. Aqui no Ocidente, a mulher foi atacada violentamente pelo feminismo cuja base é a destruição do lar.
O diabo vem atacando as mulheres e matando seus filhos em três áreas:
1. Movimento feminista pela liberação da mulher. Este movimento foi engendrado na mente do diabo quando a mulher ainda estava no Éden. Em Gênesis 3 a serpente escorrega lisa pela mente de Eva. “Mas, a serpente…”. Sutil ela coloca dúvida na mente de Eva e a seduz. No dizer de Paulo: “… a mulher, sendo enganada, caiu em transgressão” (1 Tm 2.14), e “Mas, receio que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia…” (2 Co 11.3).
Como se vê, a serpente enganou e continua a enganar. O movimento feminista surgido na década dos anos 60 iludiu a mulher com esperança de independência, riqueza e fama. Dias atrás as páginas amarelas de Veja trouxe a entrevista com a líder do movimento feminista da década de 60. Agora, a mulher defensora da liberdade da mulher, abandonou o movimento porque descobriu que a mulher deixou de ocupar o seu verdadeiro lugar no lar e a na criação de filhos. Foi iludida.
As mulheres, seduzidas pela serpente e, com a aquiescência de seus maridos geraram filhos que foram tragados pelas creches, pela autoridade do Estado formando uma geração de filhos que hoje, casados, não possuem referenciais masculinos de autoridade e de masculinidade. A geração que não quer casar com pessoas do sexo oposto aumentou significativamente, engolida pela serpente que perseguiu a mulher.
Ora, Paulo argumenta que a mulher “será preservada através de sua missão de mãe…”. Paulo toca no cerne da questão: Deus criou a mulher, deu-lhe o nome de Eva, mulher, e a capacitou com o poder de criar filhos. Hoje, quando as mulheres querem ocupar cargos executivos renegam sua função de ajudadora do esposo e educadora do lar. Esta mentalidade faz que as mulheres procriem filhos para a serpente engolir, porque os mantêm em creches, afastados do lar e aos cuidados do Estado, que não serve para pai e mãe, mas advoga a si esta tarefa tão essencial da sociedade.
Ora, conforme o Salmo 127.3 os filhos não pertencem à mulher, mas a Deus. Eles são a herança e o galardão dele. Quando a mulher evita filhos ou os entrega para a serpente tragar abandona para o dragão a herança e o galardão de Deus. “Herança do SENHOR são os filhos; o fruto do ventre, seu galardão” (Sl 127.3). Lamentavelmente a versão NTLH mudou o sentido do texto.
Então, homem e mulher precisam se conscientizar de que os filhos não são seus, mas de Deus; eles apenas os criam para Deus. Mas, hoje, a serpente não espera a mulher dar à luz para abocanhar a herança de Deus, ela o mata ainda no ventre da mulher.
2. O segundo elemento perverso é o aborto. A serpente de Apocalipse 12 já não precisa correr figurativamente atrás da mulher para lhe devorar o filho quando nascer; ela o mata no ventre. Com o argumento de que “o corpo é meu, faço dele o que quero”, o movimento feminista levantou a bandeira do abordo como um direito da mulher, e aqui, novamente a serpente a enganou.
Hoje quando uma pessoa recorre a um posto de saúde encontra preservativos e anticoncepcionais, mas não encontra sobre o balcão analgésicos ou outros medicamentos. Porque a serpente está presente em todos os segmentos do Estado, enrolada no pescoço de ministros e ministras comunistas e positivistas que não dão valor a vida. E está presente nas mulheres da igreja que se casam por prazer, mas não querem o “incômodo” de ter filhos.
A pílula do dia seguinte é outra estratégia da serpente, porque, ainda no momento da concepção mata a semente que daria forma a uma nova criança. A serpente criou novas maneiras de exterminar a descendência que pertence a Deus!
A fúria de Satanás é incompreensível. Acostumado a viver no Empíreo onde cada ser era criado, percebeu que na nova criação as pessoas podiam sair uma de dentro da outra. No que parece um filme de ficção, Deus criou uma realidade: Deu à mulher a capacidade de gerar seres humanos para encher a terra com a herança de Deus. A fúria do diabo não pára aqui. De dentro de uma mulher surge mais um ser vivo!
3. O divórcio. A terceira estratégia da serpente é o divórcio, porque dá ao homem e a mulher a oportunidade de casar quantas vezes quiser e assim, possibilitar que as crianças fiquem indefesas e sejam engolidas pela serpente. Não é minha intenção falar se o divórcio é bíblico, permitido por Deus ou não, mas considerar que o divórcio afeta de maneira direta os filhos. Prejudica as crianças. Elas ficam sem referenciais femininos ou masculinos. E, pior, perdem o principal referencial: O lar. O ninho onde deveriam crescer até poderem voar foi invadido pela serpente de Gênesis 3 e Apocalipse 12.
Como filhotes de pássaros expulsos do ninho sem condições de poderem voar e se alimentar, as crianças ficam à mercê dos gaviões carcarás, dos pássaros devoradores de filhotes, todos aliados da serpente. Quem já presenciou um passarinho caído do ninho, logo devorado por um animal entenderá que o divórcio desmancha o ninho e deixa as crianças à mercê das babás eletrônicas, dos videogames, dos programas de tevê, da imundícia exposta pela Internet, isto quando não empurra as crianças para a tutela do governo que a serpente controla com sua astúcia.
Sem apoio emocional acabarão enfrentando a dureza da sociedade sem condições de ganhar a batalha.
Assim, a sociedade estabelece uma data para que as mulheres se sintam felizes. Sim, com a consciência tranquila as mulheres matam os seres por ela gerados, alimentam com eles a serpente e, ainda têm o que comemorar! Recebem um dia especial. Ora, o dia especial foi estabelecido como “dia das mães”, no entanto, assim como o dia dos namorados é o dia em que os motéis estão super-lotados, o da internacional da mulher celebra a independência de Deus, que Eva sonhou em ter no Éden. Afinal, as mulheres querem um dia para celebrar entre elas e seus esposos, sem os rebentos para incomodar!
O dragão, a antiga serpente, que se chama Satanás e diabo continua com a sanha de engolir a descendência que pertence a Deus! Em tempo: Ao eliminar a autoridade masculina no lar e na igreja, muitas mulheres, sem o perceber estão a serviço da serpente!
Nota de Julio Severo sobre o tema: O primeiro Dia Internacional da Mulher foi feito pela alemã Clara Zetkin (1857–1933), teórica feminista e marxista, membro do Partido Comunista da Alemanha. A data foi deslanchada internacionalmente graças à campanhas de feministas americanas e aos esforços demagógicos iniciais de Lênin, da União Soviética.