Cumprimento de Profecia? Semente de palmeira extinta brota em Israel 2000 anos depois!

Ela tem apenas cinco folhas, 35 cm de altura e ganhou o apelido de Matusalém. Parece uma palmeira qualquer, mas para a botânica Elaine Solowey da Universidade da Califórnia é um achado histórico que voltou a reviver. A semente plantada no dia 25 de janeiro num vaso do laboratório que ela mantém num Kibutz no deserto de Arava em Israel tem dois mil anos – mais que o dobro da idade do personagem bíblico que lhe deu o nome. É a mais antiga semente que se tem notícia a germinar depois de tanto tempo.

A semente que deu origem a Matusalém foi encontrada durante as escavações arqueológicas no palácio de Herodes em Massada junto ao Mar Morto e sua antiguidade foi confirmada pela leitura de carbono. Os cientistas acreditam que a preciosa palmeira judaica, tida como extinta, será de vital importância na descoberta de propriedades medicinais…

A palmeira é descrita na Bíblia e nos documentos antigos encontrados em Quram bem como na literatura antiga por seus poderes medicinais – afrodisíaca e contraceptiva – e como elemento de cura para várias enfermidades como o câncer, malária e dores de dente. Para os cristãos a palmeira representa simbolicamente a paz e é associada à entrada de Jesus em Jerusalém. Os antigos hebreus a chamavam de “árvore da vida” devido a proteína de seus frutos e a sombra de suas folhas compridas. Os árabes diziam que podia ser usada para qualquer coisa – que surgisse nos 365 dias do ano. Os arquitetos gregos desenharam as colunas Jônicas tendo como modelo a altura dessas palmeiras, seu tronco esguio e a copa fechada de folhas em forma de caracol. Os romanos chamavam-na de Fênix dactylifera – “do porte de fênix”, porque nunca morria e ressurgia no deserto onde todas as demais plantas haviam morrido. Agora a pesquisadora Solowey e seus pares tornaram possível, depois de dois mil anos de desaparecimento, o ressurgimento desta fênix.

As sementes antigas foram encontradas trinta anos atrás durante as escavações arqueológicas no Monte Massada, uma fortaleza construída por Herodes, o Grande, junto ao Mar Morto. Depois que destruíram a cidade de Jerusalém os romanos partiram para a conquista de Massada onde os judeus resistiram os invasores durante dois anos. Quando os romanos entraram na fortaleza no ano 73 d.C., todos os israelitas haviam se suicidado. O arqueólogo Ehud Netzer encontrou as sementes que foram analisadas pelo departamento de botânica da Universidade Bar-Ilan.  Depois ficaram guardadas durante trinta anos até que Sallon ficou sabendo da existência delas. “Quando perguntamos se podíamos tentar plantá-las novamente, responderam-nos: ‘Vocês estão loucos’. Mas, deram-nos três sementinhas”. Solowey já plantou mais de três mil palmeiras e plantas raras usadas para a fabricação de resinas, incensos e mirra. Solowey admite que não acreditava que o projeto fosse ter sucesso. “Quando Sara me deu as sementinhas, achei que as possibilidades de germinação fossem zero”, afirmou a botânica, segurando o vaso cuidadosamente mantido no kibutz. “Fui incentivada e levei o projeto à sério. Afinal, sementes de lótus brotaram depois de mil anos, e descobri que ninguém havia feito pesquisas com este tipo de palmeira. Por que não tentar? E fomos recompensados. Certamente que é a semente mais antiga a germinar e a permanecer. Sementes de trigo encontradas nas tumbas dos Faraós também germinaram, mas não duraram muito tempo. Antes desta experiência a semente mais antiga a crescer foi uma de lótus trazida da China com cerca de 1.200 anos”, afirmou a pesquisadora. “Estou empolgada, pois não alimentava muita esperança. Agora estou ansiosa com os resultados dos testes de DNA que serão feitos. Sei que sementes podem permanecer vivas por décadas, mas a descoberta de que podiam permanecer germináveis durante milênios é maravilhoso”.

Quando os romanos invadiram a Judéia densas regiões cobertas de palmeiras, algumas com mais de vinte metros de altura cobriam uma área de 11 km no vale do Jordão, desde o norte no mar da Galiléia até as praias do norte do Mar Morto, no sul. A palmeira servia para descrever a economia da região, tanto que o imperador Vespasiano comemorou a conquista da Judéia – “Judea capta”, mandando cunhar uma moeda em que mostra uma mulher chorando sob uma palmeira. Hoje nem sombra existe desta floresta de palmeiras…

A antiga palmeira judaica famosa por ser suculenta e por suas qualidades medicinais havia se perdido na história. Até agora.

Matéria publicada por Mathew Kalman,no San Francisco Chronicle, de 12 de Junho de 2005.

Fonte: www.sfgate.com
Extraído de www.revivalschool.com

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